Embora os receios de obter COVID-19 nos hospitais tenham prevalecido nos últimos meses, os profissionais de saúde alertam que há situações que não podem ser adiadas, especialmente as relacionadas com a saúde oral, razão pela qual instam os pacientes a identificar emergências dentárias para lhes dar tratamento em tempo oportuno em condições rigorosas de biossegurança.
Isto foi explicado pela dentista Patricia Uribe, especialista em reabilitação oral, que sublinha que uma sanita oral adequada contribui para a prevenção do contágio viral de qualquer tipo, incluindo o COVID-19.
O profissional explica que é necessário ter em conta as emergências dentárias e os tratamentos prioritários, que estão fora do âmbito dos procedimentos cosméticos e se concentram apenas na saúde.
Em emergências dentárias, entram situações como dores agudas, dentes partidos, fraturas na mandíbula ou lesões da polpa dentária.
“O tratamento prioritário é tudo o que, se não for feito, vai ter consequências negativas na saúde oral”, diz Uribe.
Neste sentido, os tratamentos prioritários podem ser: resinas desajustadas, para prevenir a filtração bacteriana e a fratura do dente; coroa de implante solto, ou implantes não reahibilitados, entre outros.
“Há pessoas com doença periodontal ou problemas de gengiva. Se uma limpeza frequente não for feita, o ligamento periodontal começa a alongar-se, causando uma maior acumulação de placa bacteriana em torno dos dentes, que começam a soltar-se. Por isso, as pessoas com elevada acumulação de placa bacteriana precisam de ter controlo e limpeza”, explica.