O isolamento social obrigatório devido à pandemia causada pela COVID-19, que cumpre mais de dois meses, tem gerado consequências de todos os tipos, incluindo consequências emocionais.
Na vida humana, o confinamento pode levar a distúrbios psicológicos, mesmo psiquiátricos, que podem ser prevenidos ou controlados a tempo.
Um estudo elaborado conjuntamente pela Profamilia e pelo Imperial College de Londres concluiu que entre 8 e 20 de abril, 75% dos 3.549 inquiridos na Colômbia tiveram algum impacto na saúde mental durante o isolamento preventivo obrigatório.
É necessário ter em conta que existem dois grandes grupos em torno deste tema.
– Aqueles que já têm um distúrbio psiquiátrico diagnosticado por um médico.
-Aqueles que podem desenvolver uma doença durante o período de confinamento, em resultado da adaptação a estas alterações.
O psiquiatra Jorge Ramírez explica que aqueles diagnosticados com doenças como depressão e ansiedade, neste período de confinamento podem ter alterações ou exacerbação de sintomas, e é possível que os sintomas já superados voltem a ocorrer.
“Com a mudança que ocorre dia após dia, a população pode apresentar sintomas que alteram o padrão pessoal, familiar, de trabalho e social, que são considerados sintomas psiquiátricos, sem serem rotulados como pessoas que sofrem de uma doença mental”, diz Ramirez.
Precisamente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que a depressão será uma das doenças mais presentes em meados da próxima década. É por isso que é vital que as pessoas que não têm um distúrbio cuidem da sua saúde mental neste momento e previnam doenças futuras.
Embora seja verdade que apenas dois meses do período de quarentena passaram, o isolamento social obrigatório em conjunto com outros fatores pode levar a distúrbios como ansiedade e depressão.
“Há gatilhos para doenças psiquiátricas, incluindo genética, problemas hormonais, predisposição para o stress, dificuldades e situações durante a sua vida, substâncias psicoativas, medicamentos ou doenças gerais”, diz Jorge Ramírez.
Como prevenir uma doença mental?
O psiquiatra não hesita em afirmar que a única resposta a esta pergunta é ter boa saúde mental.
Isto é conseguido através do exercício, mantendo a mente ocupada com atividades lúdicas, que são também os primeiros tratamentos que são enviados nestes casos: terapias de relaxamento e yoga, além do apoio familiar.
Por outro lado, o medo e a ansiedade têm sido protagonistas na vida de muitos colombianos durante esta quarentena, o insípido de não saber o que vai acontecer no futuro tem gerado esses sentimentos em muitas pessoas.
Do ponto de vista psiquiátrico, estes sentimentos podem ser controlados através de diferentes terapias, como terapias de respiração e relaxamento, na medida em que são guiadas, bem como fazer exercícios diários.
Como sei se tenho depressão?
Os principais sintomas são mudanças de humor, tais como ansiedade persistente ou sensação de vazio, desmotivação para fazer atividades diárias, perda de avaliação por si só e isolamento.
Se desenvolver estes sintomas durante um período de quatro semanas, é essencial consultar um especialista ou linhas de contacto de cuidados especializados que forneçam ajuda imediata.
Cuidados de saúde para jovens
O Instituto Departadual de Saúde (IDS) apresentou uma série de recomendações para os jovens, que podem ser particularmente sensíveis a estas mudanças, em resultado do tempo crítico em questão.
De acordo com o IDS, a perda de rotinas habituais e a redução do contacto social presencial, em resultado do isolamento preventivo, podem levar a reações de tédio, frustração e conflito pessoal e com outros.