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‘Lojas’, a nova funcionalidade do Facebook para apoiar as empresas durante a pandemia

O Facebook está a acelerar o desenvolvimento do lado comercial das suas plataformas graças ao grande confinamento, o que reforça a necessidade de as pequenas empresas servirem os consumidores onde estão: online.

A rede social dominante lançou esta terça-feira uma nova ferramenta chamada ‘Facebook Shops’, que permite às marcas criarem uma vitrina personalizada e atraente para destacar os seus produtos e a sua história, e facilitar as vendas.

As empresas terão de criar apenas uma ‘vitrina’, o mesmo para o Facebook e Instagram, e mais tarde para o Messenger e o WhatsApp.

Este novo produto estará disponível gradualmente nos próximos dois meses para as cerca de 160 milhões de empresas que já utilizam o ecossistema de redes sociais do grupo californiano.

Será gratuito, mas permitirá ao Facebook aumentar o tempo que os utilizadores passam nas suas diferentes apps, e também recolher ainda mais dados, o motor do seu modelo de negócio baseado numa orientação publicitária muito fina e em larga escala.

“A experiência deve ser fluida e inspiradora. Pode explorar o mundo das marcas com mais detalhes, sem ter de sair da app”, disse Layla Amjadi, gestora de produto do Instagram Shopping, em conferência de imprensa.

As Lojas do Facebook estão em processo de criação desde o ano passado, mas o seu desenvolvimento acelerou “na esperança de ajudar as empresas a sobreviver e a construir uma presença online num contexto em que as compras serão cada vez mais feitas na internet”, explicou George Lee, diretor de gestão de produtos do Facebook.

“Um terço das PME nos Estados Unidos que consultámos durante um estudo diz que não estão operacionais neste momento” devido à pandemia, disse. Outro terço “só tem atividade online”, acrescentou.

As PME que utilizam as Lojas do Facebook terão a opção de pagar por anúncios que redirecionem os utilizadores para as respetivas vitrinas. Nos Estados Unidos, alguns deles também poderão experimentar um botão de “checkout”, que já existe no Instagram e permite ao consumidor pagar as suas compras sem ser redirecionado para o site do comerciante.

A rede social vai também reforçar as compras ‘ao vivo’, ou seja, a incorporação de links para produtos que aparecem em vídeos transmitidos ao vivo, um formato cada vez mais popular.

Com as medidas de afastamento, o Facebook encontra-se numa situação paradoxal, com um aumento acentuado do tempo que os utilizadores gastam nas suas plataformas, mas num contexto de redução dos orçamentos que as empresas gastam na publicidade, que é onde o gigante das redes sociais depende para gerar rendimento.

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